quinta-feira, 22 de julho de 2010

A jornada nórdica continua.


Depois de 2 dias bem divertidos em Copenhague, era hora de ir mais pra cima e pra isso encarar mais uma viagem interminável de trem, até Oslo. Saímos de Copenhague por volta das 8:30 da madrugada, atravessamos a Oresund Bridge (uma mistura de ponte com túnel que liga a capital dinamarquesa à Malmö, na Suécia), e seguimos até Norrkoping, já próxima à Capital Estocolmo (sim, atravessamos a Suécia de lado a lado duas vezes).

Oresund Bridge, com Copenhague ao fundo. Óbvio que a foto eu catei no Google.


A viagem ocorreu sem nada digno de nota exceto o fato de que encontramos um casal de brasileiros no trem que também ia descer em Norrkoping. Impressionante como tem brasileiro até nesse baita fim de mundo. De lá, nós pegamos outro trem, dessa vez pra Katrineholm, uma cidade próxima. Como tínhamos que esperar um tempinho até o trem pra Oslo passar, resolvemos explorar o lugar. Parecia uma cidade fantasma (ou alguma cidade cenográfica do Projac). As únicas pessoas da cidade eram uma ruivinha gata sentada numa praça (que o Thico peidou pra fazer Pokémon Snap com ela) e o turco da loja de conveniência (que trabalhava nas duas lojas próximas à estação) e nós. Katrineholm fazia Poperinge (citada no post sobre a cerveja) parecer uma metrópole, e olha que ambas as cidades tem populações similares. A cereja do bolo foi o fato do Bruno ter comprado uma banana numa dessas lojas de conveniência citadas. O cara sai do Brasil pra comer uma banana meio verde comprada numa loja de conveniência em uma cidadezinha no interior do interior da Suécia, puta coisa de macaco.


Só faltou a bola de feno passando.

Macaques albines e sua bananes


Enfim pegamos o trem e encaramos mais 5 horas de viagem até Oslo. Vale afirmar que as paisagens suecas foram de longe as mais variadas que pegamos até o momento, sem as planícies intermináveis que vimos nos trajetos anteriores. Tinha lagos, florestas, plantações, vilas minúsculas de casinhas coloridas, fábricas da Volvo, e nas estações sempre entrava (e saia) alguma loirinha daquelas que você apresentaria pra sua avó sem medo. Só faltou mesmo a fábrica da Absolut pra completar a lista dos estereótipos suecos, mas enfim.

Por volta das 20:00 chegamos a Oslo, e a primeira impressão não foi das melhores. Aparentemente a estação fica na Cracolândia da cidade, cheia de gente esquisita e mal encarada. E as placas reforçavam essa impressão.

Propaganda é a alma do negócio.

E o fato de chegarmos lá logo depois de passarmos 2 dias na espetacular Copenhague não ajudou muito. Da estação rumamos para o hostel, que é bem próximo, e ao entrar no quarto demos de cara com uma TV de LCD. Que tipo de albergue põe uma TV dessas dentro do quarto? Sem nada pra fazer ligamos ela e procuramos algum jogo do Norueguesão. Tava passando Rosenborg x ODD Grenland, jogo meio morno que terminou 1x1, mas o interessante é que a TV norueguesa atualiza resultados de outros campeonatos que tavam rolando, do Campeonato Brasileiro até a porra do Islandesâo! Imaginem a nossa surpresa quando ao assistir o jogo sem entender porra nenhuma do que os caras falavam nós vimos “Avai 0x1 Palmeiras” brotar na tela! As emissoras do Brasil deveriam copiar essa idéia.

Fraquinha a TV do quarto do albergue né?


Depois do fim do jogo (que terminou com pressão total do Rosenborg e com o goleiro do ODD pegando até pensamento), saímos pra procurar algo pra comer que não nos deixasse muito pobres (pra quem não sabe, Oslo foi eleita num sei quantas vezes a cidade mais cara do mundo) e achamos uma pizza muito boa por um preço bem razoável pros padrões que esperávamos encontrar aqui. No caminho, o que impressionou a gente foi a quantidade de mendigos. Num trajeto de uns 200 metros vimos uns 5, coisa que eu não esperava ver no pais que se gaba de ter o maior IDH do mundo. Depois da pizza demos uma volta pelas redondezas e chegamos ao cais e constatamos o aspecto mais interessante de Oslo: a ecleticidade (odeio essa palavra, mas...). Muito da cidade tem um aspecto meio frio e cinzento, como se tivesse sido transportado de algum país comunista pra Noruega, tipo a prefeitura, onde é entregue o Prêmio Nobel da Paz.

Bucareste? Não, é Oslo mesmo. E a cidade não escurece mais que isso no verão.

Em compensação, ao olharmos pro outro lado vimos um bairro ultra moderno chamado Aker Brygge, onde provavelmente a juventude “descolada” (aka cheia da grana) da cidade se encontra pra fazer porra nenhuma.

Eu logo depois de fechar a compra de um triplex em Aker Brygge. Pagamento à vista, lógico.

Depois de dar uma volta lá só pra se sentir pobre pra caralho nós voltamos pro hostel por outro caminho, e encontramos dezenas de prostitutas, mas não aquelas coisas maravilhosas que vimos na Red Light em Amsterdam, e sim aquelas que se chegassem numa esquina brasileira qualquer dizendo “compreto é vinte reau” ia ter gente achando caro.

Definitivamente Oslo pega quase todos os estereótipos da Escandinávia e joga eles no lixo, e certamente seria interessante ficar um tempo a mais pra ver qual é a verdadeira cara da cidade (se é que ela tem mesmo uma, ou se é essa coisa insossa que nós vimos), mas tinhamos que dormir pra aproveitar a noite, porque iríamos passar um bom tempo sem vê-la.

Esse negócio de postar em blog cansa.


Obs: Tá dando erro. O Bruno tá em Bremen e o Thico dormindo. Definitivamente eu não tenho paciência pra esse tipo de coisa.

5 comentários:

  1. Cara, Oslo suca. huahuauhauha

    E como assim o Bruno tá em Bremen cara? oO

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  2. Hahaha, to em Bremem e to vivo!!!

    Consegui achar minha tia e uns parentes perdidos na Alemanha que eu nem sabia que existiam. Vou fazer um texto sobre isso a qualquer hora. Beijos!

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  3. Huahuhaua, lendo fica muito claro que vc tava meio sem paciência para escrever, Vitor! Vc podia ser contratado pelo Ministério do Turismo de um país vizinho, tão eficiente em convencer as pessoas a não irem pra Oslo!
    Mas e o fiorde? Postem umas fotos do fiorde!

    PS: É pra vcs que o Bruno tá mandando beijos no post acima? Huahuahuahau. Pode ser pro Caio também...

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  4. vocês ficaram uns dias ou vão ficar na suécia?

    beijos, aproveitem!!!!

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  5. É claro que os beijos foram para mim né Jac???

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