sábado, 17 de julho de 2010

Amsterdã: a cidade dos extremos


O Hostel Flying Pig e uma das suas paredes.


Nos últimos dias estivemos ocupados com idas e vindas de trem e caminhadas por aí. Finalmente conseguimos parar por uns minutos e cá estou eu, no hall do Hostel de Copenhagem (Danhostel), escrevendo esse texto. Vamos ao que interessa: a insanidade chamada Amsterdã.

Saímos de Bruxelas bem cedo e eu aproveitei para dormir o caminho todo, o Bruno e o Vítor não tiveram a mesma sorte (Vítor foi ouvindo uma mulher falando no celular o trajeto inteiro da viagem). Chegando lá, ficamos horas na fila para decidir nosso destino: as reservas do Eurail pass. Provavelmente a maior fila do mundo, pelo menos naquele momento. Enfim fomos atendidos pelo “El Bigodon”, também conhecido como Der Van Bigoden pelos holandeses, um dos mitos dessa viagem (em breve comentamos melhor o que se tratam “os mitos”), o sujeito teve que nos ouvir por horas e horas a respeito das marcações de trem. Nos ferramos em parte, mas isso não importa muito aqui, quem sabe o Bruno conte melhor sobre isso no seu próximo texto (mais uma daquelas bostas gigantes).


A maior fila do mundo na chegada a Amsterdã


Aí sim chegou a hora de ir para o Hostel, a primeira viagem de Amsterdã, no sentido mais bizarro da palavra, Chegamos no Flying Pig: lá nos deparamos com uma menina descalça completamente chapada/bêbada/etc, depois fomos descobrir que ela trabalhava no albergue (em troca de hospedagem, aliás, ela ficou conhecida como “a mina que trabalha de manhã e pirava a tarde/noite”). Nosso quarto era mais uma vez no último andar (assim como o de Paris, caso não tenhamos contado ainda), um sufoco pra chegar lá após a jornada. O albergue tinha um barzinho no hall, aonde a galera socializava, foi divertido, mas ao longo dos dias foi se tornando somente da brasileirada, surreal.

A cidade é um misto de tudo, você está caminhando por ela e vê inúmeros velhinhos com suas bicicletas, aí olha pro outro e vê um coffeeshop com a galera toda chapada, e as vezes você vê tudo isso junto. Enquanto estivemos por lá, aproveitamos pra passar no museu Van Gogh, que eu já tinha ido na outra viagem que fiz a Europa, mas confesso que dessa vez as obras dele me impressionaram ainda mais, o Bruno aparentemente gostou, enquanto o Vítor me pareceu um tanto entediado de braços cruzados boa parte do tempo.



Bruno, um brasileiro e um cara querendo aparecer ali atras na Heineken Experience, o museu da cervejaria que nos nao fomos, devido ao preco acima da media (15 euros).


Mas agora vamos a parte subversiva da cidade...

Tudo começa com nossas idas ao bar do Hostel. Encontramos uns cariocas (esses cariocas estavam fugindo de três ingleses gays que não paravam de dar em cima deles) por lá e uma paulistinha perdida. Em pouco tempo estávamos todos na rua seguindo pra Red Light a sugestão a paulista (única mulher no grupo). Que lugar amigos, não tenho fotos (lá não é permitido fotografar), mas mesmo que tivesse deixaria vocês aí com inveja daquela maravilha do século. Aquelas coisas perfeitas com biquínis fosforescentes dançando na sua frente, nas vitrines, e você há um passo da felicidade (mas também há um passo de perder muitos euros e ficar falido o resto da viagem).

Dia seguinte demos uma caminhada pela cidade, passamos no Museu Van Gogh, num Coffeeshop pra ver qualé (ou tomar café, é claro...) ... e voltamos ao albergue. A noite voltamos para o já famoso hall do hostel. Encontramos nossos amigos cariocas, sem a paulistinha dessa vez. Bebemos uns half pints e fizemos nossa pré-night “zuando” os não-brasileiros, a exceção dos australianos, que eram bem gente fina.

Mas uma vez na rua... Estavamos caminhando por lá, eis que uma surinamesa totalmente aleatória nos convida para um (suposto) Bar que tocava música brasileira. Logo que entramos rolava um mambo bisonho, ou qualquer coisa parecida (o máximo de “música brasileira” que o DJ conseguiu colocar foi “música da mãozinha”...), o lugar era cheio de latinos perdidos, umas holandesas malucas, uns americanos rappers nada a ver, acho que devia ter até cafetão por lá, enfim, a ilustração do surrealismo. Acho que esse lugar é a melhor deixa para finalizar o quão extremo é Amsterdã.


A ''maravilha'' que chamam de Brasil Bar.


Chegamos no hostel 4 e pouco, e tínhamos que partida pra uma viagem de 13 horas de trem as 6:30, ao contrário dos outros dois, preferi virar e dormir na viagem, acho que acabou dando certo.

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