domingo, 6 de fevereiro de 2011

Dubrovnik

Com mais não sei quantos meses de atraso, aí vai mais um relato da viagem. Já estava com esse texto pronto faz tempo, mas tava com preguiça de postar. Na verdade eu só estou fazendo isso por orgulho, já que provavelmente a única pessoa que vai ler essa bagaça (Jacqueline) já sabe de tudo que a gente fez via Bruno. Mas enfim, vou parar de enrolação e começar logo com isso.

Chegamos em Zagreb, capital do pais dos dálmatas, do xadrez e das gravatas, por volta das 17:00. Nossa estadia na capital croata foi bem curta, já que tinhamos que pegar um avião pra Dubrovnik em poucas horas, de forma que não conhecemos nada da cidade além do estranhíssimo aeroporto, que tem mais locadoras de veículos que balcões de check-in, além de ter as piores lanchonetes do mundo, e que não tinha nem uma mísera banca de revista pra gente ver que tipo de pornô bizarro os croatas curtem. Mas enfim, depois de umas duas ou três horas de espera entediante adentramos no 737 da gloriosa Croatia Airlines em direção à "Pérola do Adriático".












Unica foto que tiramos de Zagreb.


Antes de seguir com o roteiro, uma rápida aula de geografia. Dubrovnik fica situada no extremo sul da Croácia, numa região chamada Dalmácia (sim, os dálmatas vem de lá), mais precisamente em um exclave croata expremido entre a Bósnia e Montenegro (eu juro que se tivesse um dia a mais iria até Montenegro só pra dizer que estive lá). Ou seja: bem longe de Zagreb. Por isso a opção pelo avião, já que não existem trens até lá e de ônibus a viagem ia demorar umas 14 horas.

Chegamos lá depois de uma hora de voo, pegamos nossa "carona" de 25 euros até a cidade, e encontramos o staff do albergue (que tecnicamente é uma pensão), a simpatissísima Maria e sua sogra Neda, que não falava um “Yes”, mas nos recebeu com biscoitos e suco, além de pedirem uma pizza pra gente. Por sinal, pizza na Croácia é barata (por volta de 45 dinheiros croatas, mais ou menos 6,50 euros) e muito boas, melhores que muitas pizzas caras de São Paulo (acabamos de perder um leitor, agora são 3).

No dia seguinte acordamos cedo e descemos o morro até a Old Town, ou Stari Grad, como eles chamam. É uma cidade fortificada do século XIII, sensacional, apesar das hordas de turistas, rivalizando com a Charles Bridge nesse aspecto. Mas mesmo isso era algo contornável, já que era só sair um pouco da rua principal e das adjacentes, onde rola a maior parte dos restaurantes e do comércio, que nos sentiamos transportados pra idade média, com suas casas de pedra e varais atravessando as janelas, onde só moradores (sim, pessoas moram lá) e turistas perdidos como nós vão parar. Além da própria cidade, que já é a atração principal, tem bastante coisa pra se ver por lá, como algumas belas igrejas e um museu bem interessante, que conta a história da cidade de sua fundação até o bombardeio por tropas sérvias em 1991. O duro era aguentar o calor.











Vista da área externa da muralha.













Turista a dar com pau.













Praça central com estátua de algum mito.
















Thico e uma rua típica.



Almoçamos num restaurante indicado pela Maria e fomos atrás de uma praia, afinal depois de rodar meio continente, nós mereciamos isso. Tinha uma logo na saida da cidade, mas estava lotada, então seguimos adiante até outra que avistamos ao longe que certamente estaria mais vazia. Até estava, mas não tanto. Decidimos ficar por lá mesmo e passamos a tarde toda mofando, mergulhando na água azul do Adriático e reclamando que a praia era de pedra e não de areia ( pois é, caro(s) leitor(es), nem tudo perfeito) e que só mulher feia faz topless na Croácia (aliás, aparentemente as mulheres bonitas da Iugoslávia ficaram todas na Eslovênia). No final, voltamos pelo mesmo caminho, passando pela Stari Grad, que fica ainda mais bonita de noite, comemos outra pizza (onde eu perdi meu chapéu, R.I.P.), tentamos roubar sem sucesso o wi-fi da Paris Hilton e voltamos pro albergue.









































Acordamos cedo novamente, já que nosso programa pra o dia ia ser um pouco mais ousado: um passeio de barco pelas ilhas Elaphites, sugerido por Maria na noite anterior. Aceitamos, afinal, o que tinhamos a perder além de nossos rins, nossa virgindade anal (ou pelo menos a minha, as dos outros dois macacos não é problema meu) e quem sabe nossas vidas? O barco não era nenhum Titanic, mas era divertido. Era um barquinho de madeira com capacidade pra umas 12 pessoas, mas balançava bem menos do que vocês podem imaginar. Além de nós, um casal de franceses que estava hospedado conosco também foi no passeio. Por sinal, o cara era a lata do Lloris, goleiro da seleção francesa.

A ida foi bem tranquila, com o "capitão" servindo slivovica, que é a cachaça deles, mesmo sendo ainda umas 10 da manhã. Obviamente não recusamos. Em alguns minutos chegamos na primeira ilha, Šipan (sim, apelei pro Google porque não lembrava o nome das ilhas). A parada foi curta, cerca de uma hora, mas lá finalmente encontramos uma praia com areia de verdade, que estava cheia, mas aceitável. Foi lá também que o Bruno descobriu o seu fetiche por ouriços. De lá rumamos para a segunda ilha, Koločep, na minha opinião a mais legal de todas, e também onde ficamos menos tempo. A cidade era mais rústica, com casa antigas de pedra, ao contrário das mansões de Šipan, a praia era mais vazia (apesar de ser de pedra) e Macakillers gigantes perambulavam pelas ruelas, dando um ar mais pacato ao lugar.











I'm on a boat, motherfucker!













Šipan













Koločep













Dogzilla.



A terceira ilha, Lopud (essa eu juro que lembrava o nome) era a mais badalada, e deu pra perceber o motivo quando chegamos lá, devido à grande quantidade de turistas. Era também nosso ponto de almoço, onde tomamos cerveja (Karlovačka é a melhor de lá, apesar dos locais preferirem a Ožujsko), slivovica e um lombo de porco sensacional. Depois disso, fomos procurar uma praia legal, afinal nada melhor do que nadar pra fazer a digestão, já diria minha vó. Vimos o mapa da ilha e achamos uma que poderia ser promissora, do outro lado. Fizemos uma caminhada meio chata até lá, subindo mais um morro num calor fudido, e constatamos que a praia realmente era muito bonita, o problema que a faixa de areia tinha uns 2 metros de largura por 10 de comprimento, então mesmo com o isolamento (isolamento pra quem é pobre e não tem iate) aquilo lá tava abarrotado de gente. Pra piorar tinha um sujeito pelado perambulando por lá e nenhuma cocotinha de topless pra compensar. Ficamos menos de 5 minutos e voltamos pra praia principal, onde sossegamos e ficamos o resto da tarde mergulhando que nem idiotas (ou que nem nós mesmos, se preferirem).





















Custam os olhos da cara por lá.













Eu não estava me afogando.


Fim do passeio, hora de voltar pro albergue. Infelizmente por pouco tempo, já que nós tinhamos que pegar o ônibus pra Split ainda nesse dia, então foi so tempo de tomar um banho, pegar uma carona até a rodoviária e nos despedir do pessoal do albergue que foram os melhores anfitriões possíveis. Sem dúvida uma das grandes surpresas positivas da viagem foi a hospitalidade do povo croata (exceto se você for sérvio ou russo, acho que eles tem problemas com o alfabeto cirílico). Fica ao recado e a dica pra quem for pra Europa algum dia. "Próxima" parada, Split!











Os macacos, Maria, Robert e a filha deles.


Meu deus, como postar foto no blogspot é chato. A formatação ficou uma bosta e eu tô sem saco pra consertar. Se eu atualizar isso denovo vou botar só três e olhe lá.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Recomeço (parte 1) - Ljubljana

Bom, eu sei que provavelmente ninguém vai ler ou dar importância para um relato feito com mais de três meses de atraso, mas esse blog precisa de (e merece) um final decente, então vou aproveitar a insônia momentânea e tirar um tempo para escrever sobre as etapas finais de nossa viagem e, além disso, vou colocar uma infinidade de fotos, porque elas são mais legais que eu. Este post era para ser originalmente do Thico, mas depois de muito filosofar e fazer uma análise minuciosa sobre o assunto, eu acho que ele está demorando um pouco para fazê-lo e eu tomei a liberdade de furar os olhos dele.

Creio ainda que eu faça posts sobre nossa passagem pela Croácia, a terra dos mitos; além de nossa pequena e surpreendente ida para Munique (e sério, foi uma puta volta por cima!) e sobre os nossos dias em Paris, os do começo e os do fim da viagem, mas enfim, não fiquem esperando muito por isso, caros quatro leitores.

Enfim, é bem diferente escrever agora, afinal eu não estou morto de cansaço num trem que vai de Viena para Ljubljana, nem num quarto de albergue sem banheiro e com o pior sinal de Wifi do mundo, mas eu QUERIA estar. Depois de três meses, eu não tenho outra impressão, a não ser de que tenha sido uma viagem de um nível superior ao épico.

Além disso, eu estou fissurado pela saga “A Torre Negra”, escrita pelo Stephen King e vou fazer estes próximos posts aos moldes do primeiro capítulo de toda a história, chamado de “Recomeço” (duh!). Enfim, depois de ler tudo vocês vão entender (eu espero) então, por favor, mesmo que seja um texto completamente gigante (tanto que eu dividi em três partes), leiam tudo. =D

Voltemos então ao dia 02/08, onde por volta das 14hs descíamos de trem na estação central de Ljubljana. Nosso tempo na capital da Eslovênia foi bem curto, já que serviu basicamente como uma escala, então o relato sobre ela também vai ser bem sucinto.


Ljubljana, vista do castelo da cidade.

Como sempre, o caos no desembarque é grande e nesse momento eu já estava de saco cheio de andar de mochila. Estava extremamente quente e como sempre, nos perdemos um pouco para encontrar o caminho do hostel, mas nada de tão aterrorizante quanto Praga ou uns dias depois em Split, na Croácia. Enfim, o hostel ficava num dos lugares mais agradáveis que a gente foi na Europa, numa ruazinha bem tranqüila na beira do Rio Ljubljanica, com uma vista bem legal para o castelo da cidade. Além disso, nesta rua, um cara morava num carro e o Thico queria casar com uma flanelinha que trabalhava lá, e realmente, ela devia ser a flanelinha mais bonita do mundo.


A rua do nosso albergue e a flanelinha.

Saímos logo em seguida para almoçar e depois fazer um tour básico pela cidade (a.k.a procurar uma loja de esportes e comprar a camisa da seleção da Eslovênia). O almoço foi True Metal ao extremo, já que aparentemente eslovenos são machos pra cacete e o prato típico deles consiste de um hambúrguer com 25 cm de diâmetro, recheado com pedaços de cebola, queijo e bacon. Esse negócio deve estar morando no meu estômago até hoje.

A cidade num todo é muito agradável e tranqüila. Passamos pela Old Town, onde encontramos dois sujeitos dessa raça maldita que são brasileiros (provavelmente de Goiânia) que para variar, falaram com a gente tanto de mulher

“Nossa, a mulherada aqui é sem noção né? Eu fico louco só de olhar...”

como de compras

“Tudo é muito barato aqui... vi um sapatinho da Lacoste por 50 euros, vou comprar.”

.


Sapato da Lacoste por 50 euros? Só se for esse.


Old Town de Ljubljana, com destaque ao castelo no topo da colina.


De outro ângulo.

Andamos pelas ruas bastante desertas da cidade até chegar ao Tivoli Park (não aquele onde o Mito Bobo Moreno aparecera na agora longínqua Copenhagen), e lá ficamos sentados sem fazer merda nenhuma olhando os nativos passearem com seus cachorros (ou Macakillers), principalmente dálmatas.


Tiozão estiloso.


Thico e o Little Myth.


Sim, isso era um banheiro.

Voltamos pela “orla” do rio, onde é a parte mais legal da cidade devido às diversas pontes presentes, além de uma feirinha cheia de bugigangas. Infelizmente, a volta foi mais rápida do que o previsto, já que o hambúrguer do capeta já começava a fazer efeito.


Vítor e uma das pontes sobre o Rio Ljubljanica.


Outra ponte (ou a mesma, de outro ângulo... sei lá, faz tempo que eu fui pra lá).


Essa é outra, certeza.

De noite, fomos a um bar tomar algumas cervejas e depois de expulsos perto da meia-noite demos uma pequena volta pela (realmente muito bonita) cidade à noite. No dia seguinte, encontramos uma brasileira que nos fez sentir de bem com a vida, já que ela havia sido assaltada na Polônia e tudo tinha dado errado com a viagem dela; e pela manhã mesmo subimos a pé até o castelo (e quase morremos no processo), que é mais legal visto de longe do que de dentro. Mas enfim, a vista de cima das cidades sempre vale à pena. Após isso, pegamos o trem e fomos embora para a última parte da nossa viagem.


O castelo.


Não vai ser a única vez que você verá tal idiotice.


Dentro do castelo tinha essa capelinha estilosa.

Enfim, para mais relatos sobre nossa ida a Europa centro-oriental, continue lendo os posts abaixo. =D

Recomeço (parte 2) - A Tríade do Danúbio: A Pérola

Poucas coisas nessa viagem foram dignas de “arrependimento” ou de um pensamento do tipo “devíamos ter pensado melhor neste trecho da viagem” e a situação mais óbvia nesse caso foi não ter arranjado mais tempo para ficar em Budapeste, conhecida também como "A Pérola do Danúbio".

Acordamos as sete da madrugada para ir pra Budapeste, mas isso não foi muito problemático já que na noite anterior nós tínhamos tentado sair, mas dormimos cedo já que o bar que a gente foi fechava perto da meia noite. O trajeto de trem para Budapeste demorou por volta de três horas e pouco e como a gente não tinha conseguido lugares bons no trem, resolvemos enrolar no vagão restaurante. De todos os que nós fomos com certeza era o pior. O Vítor tomou o pior café do mundo e o sanduíche de presunto que me serviu como café da manhã veio em um pão velho. Mas enfim, nada que uma cerveja (sim, de café da manhã) não tenha amenizado. =D

Chegamos a Budapeste e ao invés de fazer o caminho em direção aos principais centros turísticos da cidade, os macacos aqui resolveram dar uma olhada no estádio de futebol da cidade (vai entender...), que homenageia o mito do futebol húngaro e um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, Ferenc Puskas. Enfim, deu tudo errado. Os lados perto do estádio são os mais feios da cidade, ele estava fechado e a gente deu uma volta de vários quilômetros sob um sol de dois bilhões de graus para não ver nada, a não ser o museu geológico de Budapeste (que o Vítor e o Thico não deram a menor bola e a gente passou reto ¬¬).


O estádio do Puskas, feio de doer.

Dirigimo-nos em direção a Buda (para quem não sabe, Budapeste é dividida em duas pelo rio Danúbio, Buda e Peste) passando pelo Parque da Cidade, onde fica a um castelo inspirado em um castelo da Transilvânia. Bom, deu tudo errado. O castelo estava em reforma e o suposto fosso que deveria dar um efeito bem legal pra tudo isso estava seco.

Foi então que, depois de alguns minutos andando, chegamos à Heroes’ Square. Sim, essa é a praça mais bonita de toda a Europa que a gente visitou, mesmo que o sol de 35 graus possa te matar enquanto você estiver lá. São diversas esculturas de grandes personagens da história húngara expostas de uma forma bem legal. Após isso, visitamos a Opera House, considerada uma das mais bonitas do mundo e paramos num bar para tomar umas cervejas e acompanhar o GP de Budapeste. Este também deve ter sido um dos melhores bares que a gente foi, afinal o próprio Eric Adams, vocalista do Manowar era o dono.


O bar do Manowar tem até um clipe!


Thico na Heroes' Square. Muito foda.






Alguns lugares legais de Budapeste.

E foi depois desse bar, que Budapeste se tornou a cidade mais bonita que eu já visitei. A vista do Rio Danúbio, sob uma colina branca de mármore, com um castelo construído em seu topo é absurda, até mais que a vista do castelo de Praga a partir da Charles Bridge. Aliás, tudo ao redor do Danúbio é sensacional, com destaque para o Parlamento, a basílica de St. Stephen e as diversas pontes que cruzam o rio, em especial, a Chain Bridge. Antes de atravessar esta ponte, eu aproveitei para pelo menos molhar os pés no Danúbio, já que esta era a minha última chance de fazer isso. O fato de eu ter ficado com os meus dedos coçando pelo resto da viagem pode ter algo a ver com isso, mas enfim, é como dizem “ir para Budapeste e não entrar no Danúbio é como ir a Roma e não ver o Papa”.

O quê? Ninguém nunca disse isso?!?


O rio Danúbio.


A Cidadela, no topo de uma colina de mármore, a beira do Danúbio.


Até o cabelo ficou parecido nessa.


Thico e o Parlamento, que fica a beira do Danúbio. Uma das melhores vistas de Budapeste.


Andando no Danúbio. Meu pé caiu no dia seguinte.


Chain Bridge e o Buda Castle no topo da colina.

Cruzamos esta ponte e entramos em Buda, para ver a principal atração da cidade, que é a Colina do Castelo. O clima deste castelo é sensacional, com esculturas, paisagismo, uma vista absurda para os dois lados da cidade, músicas temáticas e inclusive locais para brincar de arco e flecha. Obviamente, eu me saí bem melhor que o Thico e o Vítor na atividade... As fotos a seguir falam por si só.


Bull's eye! Yeah!


Já dá pra ver que não deu certo...


De certo só a pose...


Flechas do Vítor e Thico. Deu empate na mediocridade.


Enfim, depois de passar vergonha pela mediocridade apresentada no manejo de armas por parte dos dois, seguimos para a Cidadela e ponto mais alto da cidade. Mesmo que tenha sido uma das subidas mais cruéis de toda a viagem devido às condições climáticas adversas (coff.. despreparo físico coff... coff...), mesmo que a gente tenha gasto uns três euros para comprar a pior água do mundo (NUNCA comprem água na Europa em garrafinhas de rótulo rosa) e mesmo que nosso tempo estivesse esgotando, o que acabou encurtando nossa visita ao lugar, a vista de uma Budapeste ensolarada no fim de tarde, do Danúbio e de suas pontes, foi um dos ápices da viagem.


Vítor com o Buda atrás.


Vista do castelo para Peste.


As colinas de Buda, à esquerda do Rio Danúbio. Destaque para o castelo e a Chain Bridge.


A plana Peste, mais moderna, vista do topo da Cidadela.

Depois disso, tivemos que infelizmente ir embora. Durante o caminho, o Thico tentou comprar uns panos (?) de uma senhora, mas após descobrir que custavam 5000 dinheiros húngaros (ou “TCHINCO MILLE! TCHINCO MILLE!”, já que elas acharam que éramos italianos?), fomos embora estragando o sonho da mulher de alimentar as suas crianças naquela noite.

Enfim, pegamos o trem depois de andarmos 18 km pela cidade, para voltar ao nosso albergue em Bratislava. É, deu tudo errado. Foi a pior viagem de trem que eu já fiz na vida (e isto inclui o trecho Santo André – Estação da Luz em horário de pico) já que o trem atrasou mais de duas horas, já que europeus tem a péssima mania de sentir frio e fechar todas as janelas mesmo que esteja mais de 25º C e já que no nosso vagão ainda tinha um velho nazista que não parou de falar com uma menina... DURANTE TRÊS HORAS! Fora que ainda ao chegar a Bratislava e por causa do atraso, não havia mais ônibus para o nosso albergue e a tivemos que ir a pé. No momento, eu até achei que tudo isso mancharia a imagem de Budapeste, mas óbvio... Tudo errado! - não há como não adorar Budapeste e não querer voltar a ela.