segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Recomeço (parte 1) - Ljubljana

Bom, eu sei que provavelmente ninguém vai ler ou dar importância para um relato feito com mais de três meses de atraso, mas esse blog precisa de (e merece) um final decente, então vou aproveitar a insônia momentânea e tirar um tempo para escrever sobre as etapas finais de nossa viagem e, além disso, vou colocar uma infinidade de fotos, porque elas são mais legais que eu. Este post era para ser originalmente do Thico, mas depois de muito filosofar e fazer uma análise minuciosa sobre o assunto, eu acho que ele está demorando um pouco para fazê-lo e eu tomei a liberdade de furar os olhos dele.

Creio ainda que eu faça posts sobre nossa passagem pela Croácia, a terra dos mitos; além de nossa pequena e surpreendente ida para Munique (e sério, foi uma puta volta por cima!) e sobre os nossos dias em Paris, os do começo e os do fim da viagem, mas enfim, não fiquem esperando muito por isso, caros quatro leitores.

Enfim, é bem diferente escrever agora, afinal eu não estou morto de cansaço num trem que vai de Viena para Ljubljana, nem num quarto de albergue sem banheiro e com o pior sinal de Wifi do mundo, mas eu QUERIA estar. Depois de três meses, eu não tenho outra impressão, a não ser de que tenha sido uma viagem de um nível superior ao épico.

Além disso, eu estou fissurado pela saga “A Torre Negra”, escrita pelo Stephen King e vou fazer estes próximos posts aos moldes do primeiro capítulo de toda a história, chamado de “Recomeço” (duh!). Enfim, depois de ler tudo vocês vão entender (eu espero) então, por favor, mesmo que seja um texto completamente gigante (tanto que eu dividi em três partes), leiam tudo. =D

Voltemos então ao dia 02/08, onde por volta das 14hs descíamos de trem na estação central de Ljubljana. Nosso tempo na capital da Eslovênia foi bem curto, já que serviu basicamente como uma escala, então o relato sobre ela também vai ser bem sucinto.


Ljubljana, vista do castelo da cidade.

Como sempre, o caos no desembarque é grande e nesse momento eu já estava de saco cheio de andar de mochila. Estava extremamente quente e como sempre, nos perdemos um pouco para encontrar o caminho do hostel, mas nada de tão aterrorizante quanto Praga ou uns dias depois em Split, na Croácia. Enfim, o hostel ficava num dos lugares mais agradáveis que a gente foi na Europa, numa ruazinha bem tranqüila na beira do Rio Ljubljanica, com uma vista bem legal para o castelo da cidade. Além disso, nesta rua, um cara morava num carro e o Thico queria casar com uma flanelinha que trabalhava lá, e realmente, ela devia ser a flanelinha mais bonita do mundo.


A rua do nosso albergue e a flanelinha.

Saímos logo em seguida para almoçar e depois fazer um tour básico pela cidade (a.k.a procurar uma loja de esportes e comprar a camisa da seleção da Eslovênia). O almoço foi True Metal ao extremo, já que aparentemente eslovenos são machos pra cacete e o prato típico deles consiste de um hambúrguer com 25 cm de diâmetro, recheado com pedaços de cebola, queijo e bacon. Esse negócio deve estar morando no meu estômago até hoje.

A cidade num todo é muito agradável e tranqüila. Passamos pela Old Town, onde encontramos dois sujeitos dessa raça maldita que são brasileiros (provavelmente de Goiânia) que para variar, falaram com a gente tanto de mulher

“Nossa, a mulherada aqui é sem noção né? Eu fico louco só de olhar...”

como de compras

“Tudo é muito barato aqui... vi um sapatinho da Lacoste por 50 euros, vou comprar.”

.


Sapato da Lacoste por 50 euros? Só se for esse.


Old Town de Ljubljana, com destaque ao castelo no topo da colina.


De outro ângulo.

Andamos pelas ruas bastante desertas da cidade até chegar ao Tivoli Park (não aquele onde o Mito Bobo Moreno aparecera na agora longínqua Copenhagen), e lá ficamos sentados sem fazer merda nenhuma olhando os nativos passearem com seus cachorros (ou Macakillers), principalmente dálmatas.


Tiozão estiloso.


Thico e o Little Myth.


Sim, isso era um banheiro.

Voltamos pela “orla” do rio, onde é a parte mais legal da cidade devido às diversas pontes presentes, além de uma feirinha cheia de bugigangas. Infelizmente, a volta foi mais rápida do que o previsto, já que o hambúrguer do capeta já começava a fazer efeito.


Vítor e uma das pontes sobre o Rio Ljubljanica.


Outra ponte (ou a mesma, de outro ângulo... sei lá, faz tempo que eu fui pra lá).


Essa é outra, certeza.

De noite, fomos a um bar tomar algumas cervejas e depois de expulsos perto da meia-noite demos uma pequena volta pela (realmente muito bonita) cidade à noite. No dia seguinte, encontramos uma brasileira que nos fez sentir de bem com a vida, já que ela havia sido assaltada na Polônia e tudo tinha dado errado com a viagem dela; e pela manhã mesmo subimos a pé até o castelo (e quase morremos no processo), que é mais legal visto de longe do que de dentro. Mas enfim, a vista de cima das cidades sempre vale à pena. Após isso, pegamos o trem e fomos embora para a última parte da nossa viagem.


O castelo.


Não vai ser a única vez que você verá tal idiotice.


Dentro do castelo tinha essa capelinha estilosa.

Enfim, para mais relatos sobre nossa ida a Europa centro-oriental, continue lendo os posts abaixo. =D

3 comentários:

  1. Ahh gente, não sejam tão sentimentais, eu gostava muito do blog e conferia todos os dias até ontem para ver se vocês tinham postado o fim,o que seria superesperado depois de 4 meses.

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  2. Não, agora sério, Ljubljana parece muito bonitinha pelos cartões postais e eu gostei muito do Little Myth também. Só não gostei da flanelinha. Já vi muito mais bonitas aqui em São Paulo, principalmente no centro e no Largo da Batata.

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