domingo, 28 de novembro de 2010

Recomeço (parte 3) - A Tríade do Danúbio: Cidades Irmãs

1. Bratislava


Vista de Bratislava do castelo da cidade.

Acordamos por volta das dez horas, afinal no dia anterior fomos dormir depois das duas. Já conhecíamos um pouco da cidade, já tínhamos andado por ela na noite anterior e meio que já sabíamos o que fazer. O nosso quarto havia alcançado níveis épicos de bagunça, porque além de chegarmos tarde no dia anterior, decidimos ainda lavar a roupa na lavanderia grátis do hostel. O problema foi que a secadora não funcionava e a solução foi pendurar todas as roupas em cada lugar possível do quarto, como vocês podem ver a seguir.


Barraco.

Obviamente, como todas as pessoas fazem em seus mochilões, a primeira parada na cidade foi numa loja de esportes onde compramos camisetas de time de futebol e o Thico gastou 4€ num chaveiro, o que foi motivo de uma das discussões mais intensas e inúteis de toda a viagem (só perdendo para a discussão sobre temperatura do forno em Paris, mas essa fica para depois).

Apesar do preço exorbitante do chaveiro, Bratislava é uma cidade realmente barata. Não barata no esquema Eurotrip, mas barata o suficiente para ligarmos para o Brasil pagando menos de 1€, para utilizarmos internet de graça em bancos aleatórios de praça, para tomarmos QUILOS de sorvete e gastarmos menos de 5€ com isso e para jantar em um lugar com poltronas e à luz de velas (UUUI!), com entrada, prato principal e cervejas por 12€. Impressionante!


Eurotrip - Cena de Bratislava.

Enfim, das capitais que visitamos, Bratislava é a cidade mais distinta de longe. Ainda preserva um lado “União Soviética” de ser (ver abaixo), com locais bastante decadentes e os prédios típicos e uniformes para moradia de milhares pessoas.


Nosso albergue ficava aí. Totalmente condizente com o quarto, não?


Casinhas de Bratislava.


A gente nunca veria isso em Paris.

Além disso, mantém uma Old Town pequena, mas bem divertida. Os temas das estátuas aqui, tirando a parte do castelo, são mais modernos, enfatizando muito mais o século XX do que as outras cidades visitadas. De noite, é neste local que ficam dezenas de bares onde o pessoal se reúne pra tomar uma cerveja, mesmo que, pelo menos durante os dias de semana, eles fechem à meia-noite.


Thico de olho na velha sentada comendo. Ou no casal de costas... estou em dúvida. =/



Puta cara legal.



Foda.

Neste local também, ficam vários “ciganos” tocando/cantando em troca de gorjetas e tudo mais, inclusive famílias. Por volta das 10hs da manhã, passamos por um grupo que era o pai e seus três filhos bem novos, o mais velho por volta de 10 anos, cantando umas músicas realmente engraçadas, do tipo:

"LARERE LARE LERERE LAREEEEE LERERE LAREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!"


O teatro nacional.


Old Town com destaque para a quantidade de velhos turistas, embora ninguém esteja olhando para isso.


Old Town de Bratislava e uma feirinha de bugigangas.

Subindo pela Old Town, é possível chegar ao parlamento bem moderno e ao castelo de Bratislava que estava em reforma, mas mesmo assim é bem bonito. A vista do castelo é a melhor da cidade e tem bastante coisa legal para ver e relaxar na muralha, com vista para a cidade inteira.


Eu avisei.


A vista do castelo. Rio Danúbio e o UFO, uma coisa feia que imita um... UFO!


Thico e a parte interna do castelo.

Descendo pelas escadarias do castelo, encontramos um local para almoçar, onde comemos o prato típico dos eslovacos, que é uma mistura de batata, queijo e bacon. Impressionantemente, eu não me lembro de ter visto pessoas acima do peso e de longe, é a cidade com mais mulheres bonitas que a gente visitou (não me mate Jacq =/ ), mesmo que o Thico discorde.


Batata, queijo e bacon.


Exemplo da beleza feminina das eslovacas. Desconsiderem as três barangas da direita.

De tarde, fomos procurar uma loja de CDs, já que eu precisava comprar o novo CD do Blind Guardian, lançado no continente no dia anterior. Cruzamos a ponte do UFO, um dos cartões postais de Bratislava e foi aí que a magia da cidade caiu um pouco, já que de todos os lugares da Europa, justamente no que a gente chegou a achar mais próximo ao que a URSS havia sido, encontramos O MAIOR SHOPPING CENTER DE TODOS. Sonhos eram esmagados à medida que estátuas do Darth Vader feitas de Lego eram expostas, o horror brotava em nossos olhos ao vermos famílias inteiras usando tênis da Nike, roupas da Ralph Lauren e jóias da Tiffany enquanto seus filhos comiam no McDonalds. E o pior de tudo, NÃO TINHA UMA PORRA DE LOJA DE CDs NO SHOPPING INTEIRO!

Depois dessa frustrante etapa, veio a parte mais legal. Um concerto ao ar livre, com músicas locais tocadas por vários tiozões estilosos, com vários velhinhos dançando e batendo palmas no meio da praça. No final da tarde, algumas pessoas jogam xadrez em “tamanho real” e como a gente não tinha nada pra fazer, vimos um cara detonar todos que jogaram contra ele. Na volta para o hostel, aquela mesma família de ciganos ainda cantava a MESMA música. Dessa vez não foi tão engraçado, afinal, aquelas crianças estavam a mais de nove horas cantando de pé enquanto o imbecil do pai ficava sentado atrás tocando violão.




Show e Xadrez.

Tentamos sair de noite, mas o bar que a gente foi estava fechando já que era por volta de meia-noite (o mesmo aconteceu em Ljubljana). No dia seguinte, iríamos viajar de novo bem cedo, então resolvemos dormir mesmo.

2. Viena

Saímos de Praga no dia 30/07 e algumas horas depois nós estávamos em Viena, que seria nossa conexão para Bratislava neste mesmo dia. Proporcionalmente, Viena foi a cidade que a gente mais andou, afinal, ficamos por volta de umas 4 horas nela a no total devem ter sido mais de 30 km entre trens e um mini-tour pela cidade. Afinal, nós somos burros e fizemos o mesmo trajeto de trem umas quatro vezes até descobrir o que fazer.

Não vou entrar em detalhes, afinal eu não me lembro deles. PONTO.

Voltando ao tempo em Viena, fizemos um tour bastante simples. Tudo começou pela busca de uma loja de CDs na Kartnerstrasse, uma espécie de 25 de Março vienense (ou seja, tudo é caro pra cacete), já que o Blind Guardian havia lançado seu novo CD neste mesmo dia e eu queria comprá-lo imediatamente. Infelizmente, não havia nenhuma loja de CDs que prestasse e eu achei melhor deixar para depois, provavelmente em Bratislava eu poderia encontrar.

De um lado da Kartnerstrasse se encontra a Opera House e o Kaisergruft, o mausoléu que abriga as tumbas de gerações da realeza de Habsburgo. Do outro lado se encontra a Stephansdom, que é uma igreja predominantemente gótica com alguns “retalhos” de outros estilos arquitetônicos, com torres de 136 metros de altura. Totalmente impressionante e seria mais, caso não estivesse com a fachada em reforma e coberta por uma fotografia gigante dela mesmo. Sério, seria melhor deixar a reforma exposta do que cobrir com uma foto gigante, como se fosse um prêmio de consolação.






O mausoléu, um dos lados da catedral e a fachada disfarçada.

Enfim, não tínhamos muito tempo e demos uma volta bem rápida mesmo, que me lembrou Paris em muitos locais. O Thico não ficou com uma impressão muito boa da cidade, mas eu pretendo voltar algum dia pra saber direito qual é a dela. Logo pegamos um trem no final da tarde rumo a Bratislava e como as duas são bem próximas (por volta de 60 km) o trajeto foi bem curto. Chegamos em Bratislava, demos uma volta pela cidade, jantamos no lugar mais magnata por 12€ e voltamos para o hostel, para lavar roupas. =/

Três dias depois, após passar por Bratislava e Budapeste, estávamos de volta a Viena, mas dessa vez não tivemos tempo de fazer nada, afinal, nosso trem para Ljubljana logo iria partir.

Um comentário:

  1. Oooo sr. Bruno Lagler, eu, a mais fiel leitora do blog estou avisando que não quero saber de beldades da Eslováquia, de flanelinhas e de Pokémon Snap de meninas. Estou indo criar meu próprio fotolog só com os belos vendedores do Ver-o-Peso no Pará. Hunf! Além disso seria muito difícil para mim competir com alguém usando uma blusa roxa combinada com uma calça verde-limão número 46, como a sua garota preferida da foto, hahaha.

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