segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Berlim, parte 1: uma breve introdução


Les trois macaques


Volto aqui para lhes contar os dois dias de Berlim sem o Bruno. Na verdade esse texto não será exatamente um diário do que fizéssemos. Mas sim minhas impressões a respeito da cidade que eu posso considerar a minha favorita de todas (talvez, de longe), e toda a vontade que sinto que morar nela – vou terminar a faculdade antes, é claro. Quando chegamos ao aeroporto, nos arredores de Berlim, minha primeira sensação foi de estar entrando em mais uma cidade qualquer. Até comentei com o Vítor que aquilo ali poderia ser muito bem algum trecho de São Paulo. Felizmente, me enganei. Nos hospedamos num ótimo hostel (Circus) na Berlim Oriental - pelo visto, é o lado onde as “coisas acontecem”.



Vista do quarto do nosso hostel, já dá pra sentir a vibe maneira da cidade.


A cidade tem um clima histórico, até um certo ar decadente, que funciona muito mais como charme do que negativamente. As ruas são largas, por isso, o transito flui bem (embora o funcionamento dos sinais de transito seja bem estranho, tem uns que demoram horas pra abrir, e quando isso acontece fecham rapidamente). A paz de caminhar pelas calçadas e não precisar ouvir buzinas, mas sim muitas pessoas de bicicleta é uma maravilha.


A praça que fica a "moderna" torre Fernsehturm, mais detalhes no texto do Bruno (+ foto)

A culinária típica é baseada em muito Curry (algo que eu não gosto, mas até que o Currywurst é aceitável) e comida turca, essa sim vale muito a pena: primeiro porque é deliciosa, segundo porque vem em boa quantidade, e por último e não menos importante, porque são muito baratas (com uma refeição em Paris você come umas quatro em Berlim num “turcão” da vida). Até gostaria de sugerir um restaurante turco que ficamos fãs e até amigos do dono (mesmo sem conseguir trocar uma palavra em inglês com ele), mas confesso que não lembro o nome, posso dizer que fica no meio da Torstr.


Um verdadeiro Falafel, no Rio eu nunca vi um desses! E Fritz Cola, o mito dos refrigerantes.


Ao contrário de boa parte das cidades européias, a noite de Berlim “funciona”, e a diversidade do que se fazer é incrível. Uma noite nós fomos num barzinho da Westepheiner, tomar umas cervejas de 0,5 L por 4 Euros. Na outra caminhamos pela Oranienburger Str., passamos na Tacheles, um prédio com a cara da Berlim Oriental que é um antro artístico completamente surreal: havia uns cinco DJs tocando música eletrônica e os telões complementando a atração. Uma galera muito variada aproveitando o show, de graça! No segundo andar também parecia estar rolando algo, mas eu não cheguei a subir e mantive a curiosidade para a próxima ida à cidade.


Portão de Branderburgo. Não estava em obras (como a Siegessäule, que era o monumento que eu mais queria ver em Berlim), mas iria ocorrer algum evento ali que acabou com o visual do lugar.

Falando em musica, Berlim é a cidade de maior musicalidade que eu fui nessa viagem (até agora). O que mais se ouve pelas suas é a música eletrônica, ela está em todos os lugares. Desde os sistemas de som de algum carro, até nas barraquinhas de Currywurst, passando pela freiada do metrô (um dos sons mais interessantes que já ouvi para fazer um sampler). Ainda nas estações, é possível encontrar um bom número de músicos fazendo os mais variados sons com seus instrumentos (Lembro de ter visto uma moça fazendo um country com uma voz bem suave que me lembrou Gillian Welsh).
Outro momento musical bem marcante foi a dupla que um violonista e um daqueles tocadores de copo faziam na ilha dos museus, cheguei a gravar num trecho, quando chegar no Brasil eu hospedo os vídeos e apresento a vocês.

Berlim é uma cidade grande que te acolhe como poucas. Acho que dá pra ser feliz por lá sem o estresse que ocorre nos principais centros urbanos. Mas só vou descobrir quando estiver lá, e não acho que vá demorar muito, heim?



Eu na East Side Gallery, parte do muro que ainda sobrevive.
P.s. 1: Em breve a segunda parte, com o texto do Bruno. Amanhã, provavelmente, mas nao garanto nada, estamos no Leste europeu, e aqui o wifi é um terror!

P.s. 2: Ainda há muito o que se dizer sobre essa cidade, quando chegar no Brasil quem sabe não escreva um pouco mais.

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