Indo direto ao assunto deste texto, viajar por aqui é sensacional, o sistema de transporte de trens é excelente, os lugares são totalmente diferentes e tem um monte de coisas pra fazer e etc... mas o que mais acontece são burrices e cagadas que acabam com o seu humor na hora, mas depois de algumas horas te fazem rir.
Pra citar algumas coisas que aconteceram, só por cima:
- Comprar a passagem de volta em um voo diferente do resto do pessoal (por Bruno),
- Deixar a mala de barracas que a gente usaria pra acampar na Noruega na esteira de bagagem do aeroporto (Por todos),
- Pagar 5 euros numa pulserinha vagabunda que durou 20 minutos e depois se desfez em pó e cinzas (por Bruno e Vitor),
- Estar com sede num calor de 35 graus, parar numa maquina de bebidas automática e pegar um chá fervendo pensando ser um suco de laranja (Por Thico),
- Ser roubado por máquinas de bebidas automáticas (Por Bruno),
- Conversar com um Belga achando que ele era legal, mas descobrir depois que ele era gay e estava dando em cima de você (Por Bruno),
- Manequim, o bebê mijão tão inexpressivo quanto o Botafogo (Por todos, pelo menos não pagamos por isso).
Manequim mijão de Bruxelas. Puta treco chato.
Mas o caso mais divertido (para os outros) aconteceu hoje.
Bom, para quem não sabe, na Bélgica existe uma marca de cerveja chamada Westvleteren. Esta é uma cerveja trapista feita por monges em um mosteiro localizado no extremo oeste da Bélgica, em um vilarejo próximo a cidade de Poperinge. As cervejas de Westvleteren são reconhecidas por sites especializados dentre as melhores do mundo, sendo a variedade Westvleteren 12" a mais bem cotada no site: http://www.ratebeer.com/beer/top-50-custom/
Enfim, para chegar lá e conseguir beber o santo graal dos adoradores de cerveja (e o ponto zero de todas as idéias que tivemos para esta viagem) pegamos um trem de Bruxelas em direção a Poperinge que durou duas horas e lá na cidade de Poperinge alugamos três bicicletas e fomos em direção ao mosteiro. Nos perdemos um pouco, mas depois de uns 30 minutos andando de bicicleta por plantações de trigo e de couve (enfim descobrimos o porque das couves de bruxelas, eu acho) chegamos ao reduto sagrado.

Poperinge

Estradinha para Westvleteren
O que eu posso dizer é que aquele lugar é um dos mais sensacionais que eu já fui na vida. O clima do bar, a paisagem bucólica e claro, as cervejas perfeitas. Tomamos uma de cada e pela nossa discussão, chegamos ao consenso:
1) Westvleteren 12"
2) Westvleteren Blonde
3) Westvleteren 8"
As três estão no Top 10 de cervejas que eu tomei na minha vida, sendo a 12" a melhor de todas (essa não é só minha opinião, como de todos aqui).

Eu, Vítor e Westvleteren 12".
Sanduba de presunto e Westvleteren 8".
Enfim, depois de ficar por duas horas lá relaxando e tudo mais, resolvemos comprar um kit, que vinha com 4 cervejas e uma taça. O problema foi levar isso tudo de bicicleta de volta para a cidade sem quebrar. Depois de muito sacrifício, parando de 200 em 200 metros para arrumar o kit na bicicleta, chegamos de novo em Poperinge e devolvemos as bicicletas no lugar do aluguel.
Foi aí que, para pagar nossos pecados, o maior dos fails aconteceu. Eu, Bruno, "o rei da merda" não percebi que o fundo da caixa tinha aberto durante a viagem e quando eu tirei de cima da bicicleta, foi tudo pro chão. Numa tentativa frustrada de salvar a taça com o pé, eu acabei me cortando e tudo mais. No fim eu queria lamber o chão, mas eu achei que não seria tão prudente.

Do triunfo...

...à tragédia.
Enfim, o que se tira de todo esse texto gigante é que não existe felicidade completa no mundo.
Adeus!
Depois o Thico ou o Vitor vão resumir nossa estadia em Paris e falar sobre "Delirium Cafe e o encontro com Deus".